É comum que pais e mães fiquem preocupados ao ver o bebê puxando os próprios fios de cabelo, cílios ou sobrancelhas. Mas, na maioria dos casos, isso não é motivo para alarme imediato. A primeira recomendação é observar o comportamento da criança por alguns dias, sem reagir de forma negativa. Tente identificar em que momentos ela costuma fazer isso, geralmente acontece em momentos mais tranquilos, como durante a amamentação, ao tomar mamadeira ou enquanto está no berço.
Puxar o cabelo pode ser uma forma de o bebê se acalmar sozinho, como uma estratégia para lidar com o cansaço, tédio ou pequenos incômodos. Muitas vezes, o hábito desaparece naturalmente com o tempo.

Possíveis causas
Existem diversas razões pelas quais os bebês puxam o próprio cabelo. Uma delas é a exploração corporal, típica dessa fase em que estão conhecendo seu próprio corpo e descobrindo sensações. Outra possibilidade é que o ato traga uma sensação prazerosa, funcionando como um hábito de autorregulação, assim como chupar o dedo, balançar o corpo ou emitir sons repetitivos.
Embora mais raro em bebês pequenos, existe também uma condição chamada tricotilomania, um transtorno comportamental que leva a pessoa a arrancar fios de cabelo de forma compulsiva. No entanto, essa condição costuma aparecer mais tarde, geralmente após os 12 anos de idade. Em bebês, o mais comum é que o ato de puxar o cabelo esteja ligado ao conforto e não a um transtorno psicológico.
Alguns bebês também percebem que puxar o cabelo chama a atenção dos adultos, e podem repetir o gesto como forma de obter uma reação, mesmo que negativa. Por isso, o modo como os pais reagem pode influenciar na frequência do comportamento.
Como lidar com isso?
Se o bebê está apenas passando por uma fase de descoberta ou busca de conforto, há algumas estratégias simples que podem ajudar a redirecionar o comportamento:
- Use luvinhas ou meias nas mãos do bebê, ou vista-o com pijamas que têm proteção para as mãos, dificultando o acesso ao cabelo.
- Ofereça brinquedos sensoriais variados, como pelúcias com texturas diferentes, paninhos macios ou escovas com cerdas suaves, para que ele possa apertar, puxar ou tocar.
- Se o cabelo do bebê já for comprido, amarre-o ou mantenha-o cortado curto para reduzir o estímulo visual e tátil.
- Evite repreensões severas ou demonstrar irritação, pois isso pode reforçar o comportamento com base na atenção recebida.
Quando procurar ajuda?
Na maioria das vezes, o comportamento é passageiro e não representa motivo de preocupação. No entanto, é importante conversar com o pediatra se você notar sinais como:
- Puxar o cabelo com frequência e por longos períodos;
- Áreas do couro cabeludo com falhas visíveis;
- O bebê coloca ou mastiga fios de cabelo com frequência.
Crianças mais velhas diagnosticadas com tricotilomania podem ser tratadas com acompanhamento psicológico, incluindo técnicas como terapia cognitivo-comportamental e treinamento de reversão de hábitos.
Em bebês e crianças pequenas, o foco principal é redirecionar a atenção e proporcionar outras formas de conforto e estímulo. Com paciência e apoio, o comportamento tende a desaparecer conforme o desenvolvimento emocional e motor da criança avança.
Com conteúdo de babycenter.com

Sou Isabela Rocha, uma mulher apaixonada pelo universo da maternidade e que sempre sonhou em viver essa experiência transformadora. Minha vivência como mãe me inspirou a criar um espaço onde posso compartilhar conhecimento, oferecer inspiração e apoiar outras mães em suas trajetórias. Com um olhar acolhedor e dedicado, acredito que os desafios da maternidade são oportunidades únicas de aprendizado e crescimento. Meu propósito é ajudar outras mulheres a enfrentarem essa jornada com confiança, amor e leveza.