Descolamento de placenta

Descolamento de placenta: causas, sintomas e tratamento

O descolamento de placenta é uma complicação grave na gravidez que pode causar riscos para a mãe e o bebê. Saiba mais sobre causas, sintomas e tratamento.

O descolamento de placenta é uma condição grave na gravidez, caracterizada pela separação da placenta da parede uterina antes do parto. Mais comum no terceiro trimestre, essa complicação compromete o fluxo de oxigênio e nutrientes para o feto, ameaçando a saúde materna e fetal. O diagnóstico precoce é vital para minimizar os riscos e evitar complicações, permitindo intervenções médicas rápidas, como cesariana de emergência, que podem ser decisivas para a sobrevivência da mãe e do bebê.

Causas e fatores de risco

O descolamento de placenta é influenciado por uma série de fatores maternos e relacionados à gravidez. Mulheres com idade superior a 35 anos, histórico de descolamento em gestações anteriores, hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia, e doenças autoimunes estão mais propensas a desenvolver essa condição. Fatores relacionados à gravidez, como gestação múltipla, polidrâmnio, ruptura prematura de membranas, e trauma abdominal, também elevam o risco. Além disso, hábitos como o tabagismo e o uso de drogas ilícitas, como cocaína, são conhecidos por aumentar significativamente as chances de descolamento.

Sinais e sintomas

  • Sangramento vaginal: pode ser leve ou intenso e ocorre de forma súbita.
  • Dor abdominal severa: frequentemente acompanhada de contrações uterinas intensas e frequentes.
  • Sinais de choque hipovolêmico: incluem queda acentuada da pressão arterial, palidez, e sudorese.

A identificação rápida desses sinais é essencial para o manejo adequado do descolamento.

Tipos de descolamento de placenta

  • Descolamento parcial:
    • Apenas uma parte da placenta se separa da parede uterina.
    • Pode causar sintomas menos graves, mas ainda exige monitoramento e possível intervenção.
  • Descolamento completo:
    • A separação é total, cortando completamente o suprimento de oxigênio e nutrientes ao feto.
    • Geralmente, requer intervenção médica imediata, como cesariana de emergência.
  • Descolamento retroplacentário:
    • Ocorre na parte central da placenta.
    • Pode ser mais difícil de detectar e pode causar hemorragia interna significativa.
  • Descolamento marginal:
    • Acontece nas bordas da placenta.
    • Pode causar sangramento visível e geralmente é detectado mais rapidamente.

Cada tipo de descolamento tem implicações diferentes no tratamento e prognóstico, exigindo uma avaliação cuidadosa.

Diagnóstico

O diagnóstico do descolamento de placenta é feito principalmente por meio de métodos de imagem, com a ultrassonografia sendo o exame padrão. A ultrassonografia transabdominal ou transvaginal pode revelar um hematoma retroplacentário, indicando a presença do descolamento. Além disso, o exame clínico é importante, pois pode detectar um útero tenso e doloroso à palpação. A avaliação fetal contínua, por meio do monitoramento da frequência cardíaca fetal, é crucial para identificar sinais de sofrimento fetal e determinar a melhor conduta médica.

Complicações

O descolamento de placenta pode levar a várias complicações tanto para a mãe quanto para o feto. Para a mãe, os riscos incluem hemorragia severa, choque hipovolêmico, e coagulação intravascular disseminada (CID). Já para o feto, os principais riscos são hipoxia, restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro, e até óbito fetal. A longo prazo, o recém-nascido pode sofrer consequências neurológicas, enquanto a mãe pode enfrentar problemas de fertilidade em futuras gestações.

Tratamento e manejo

O manejo do descolamento de placenta depende da gravidade do caso e da idade gestacional. Em descolamentos parciais com sintomas leves e em gestações próximas ao termo, pode-se adotar uma conduta expectante, monitorando a mãe e o feto de perto. Em casos mais graves, são necessárias intervenções médicas e cirúrgicas, como a administração de corticosteróides para acelerar a maturação pulmonar fetal ou a realização de uma cesariana de emergência. Após o parto, é essencial um cuidado pós-operatório rigoroso para garantir a recuperação da mãe e do bebê.

Prognóstico

O prognóstico do descolamento de placenta varia de acordo com a gravidade do descolamento, a idade gestacional no momento do evento, e o tempo entre o início dos sintomas e a intervenção médica. Fatores como a extensão do descolamento e a resposta ao tratamento também influenciam os resultados. Após o descolamento, é recomendável um acompanhamento contínuo da saúde materna e fetal, incluindo consultas regulares e ultrassonografias, para garantir que não haja complicações adicionais.

Prevenção

Embora nem todos os casos de descolamento de placenta possam ser prevenidos, algumas medidas podem reduzir os riscos. A identificação precoce e o controle rigoroso de fatores de risco, como hipertensão e o uso de drogas, são essenciais. Além disso, é crucial educar a paciente sobre a importância do acompanhamento pré-natal e o reconhecimento dos sinais de alerta, como dor abdominal e sangramento. Essas ações podem ajudar a detectar e tratar o descolamento de forma mais eficaz, reduzindo as complicações.


FAQs – Perguntas Frequentes

Quais são os sintomas de placenta descolada?

Os sintomas incluem sangramento vaginal súbito, dor abdominal intensa, contrações uterinas frequentes e sinais de choque, como queda de pressão arterial.

Qual o tratamento para placenta descolada?

O tratamento varia conforme a gravidade e a idade gestacional, podendo incluir repouso, monitoramento contínuo ou cesariana de emergência.

Quanto tempo de repouso para descolamento de placenta?

O tempo de repouso depende da gravidade do descolamento, mas geralmente é recomendado repouso absoluto até o parto ou até a estabilização do quadro.

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